Mommy


Mommy carrega uma ambição nele quase tão grande quanto sua proposta e não falha ao levar o publico a catarse.



Esse filme é ao meu ver um dos melhores filmes já feitos na década, e que apos assistir tenho certeza que vai te manter pensando nele durante semanas. Nessa atual discussão de maioridade penal esse filme é altamente recomendado para você ver ele e rever seus conceitos sobre o assunto.Mommy se trata de uma ficção cientifica em um canada futurista - Ano de 2015 para ser mais exato – No futuro retratado nesse longa vemos uma lei, onde quando os pais não possuem condições psicológicas, financeiras ou morais para criar seus filhos eles podem entregar o mesmo ao estado, para serem internados em hospitais públicos e afins. Essa é a base do filme.



Nele vemos os personagens da mãe solteira, Diane '' Die '' Désprés (Anne Dorval) e seu filho problemático, Steve O'Connor Després ( Antonie-Oliver Pilon), violento e hiperativo. Embora exista grande carinho e apresso do jovem pela mãe, devido a seu comportamento explosivo e o da mãe não muito diferente, o relacionamento dos dois passam por altos e baixos, mais baixos que altos. Até que uma vizinha, Kyla (Suzane Clement), entra na vida deles disposta a se aproximar e ajudar aquela família.


Antes de assistir esse filme, saiba que ele possui uma peculiaridade nele que faz toda a diferença na obra, o formato da tela dele é toda feita em 1:1, literalmente quadrado, ou conhecido como ‘’ formato instagram ‘’. Tal escolha apesar de causar um pouco de estranheza também leva o publico a sentir aperto ao ver o filme daquela forma, a sensação de sufoco e falta de espaço nas cenas, combinada com a atuação, de tirar o folego ,dos três protagonistas em questão, transmitem toda a angustia e pressão sofrida pela mãe com o comportamento do filho. Toda dificuldade da vizinha de se abrir àquela família em meio a sua tentativa de ajuda-la. E principalmente a visão do jovem sobre o mundo. 



O filme é basicamente um grande estudo de personagens, onde o diretor – Xavier Dolan, canadense de 25 anos, sim apenas 25 anos – explora ao máximo todos eles e joga no seu publico todos os sentimentos e conflitos mais íntimos de cada um deles. É um filme angustiante, explosivo e apesar de uma ficção, é uma das obras mais reais que já pude ver. Não querendo dar mais detalhes sobre essas cenas para não estragar a experiência de quem for ver esse filme, mas, existem passagens onde a tela se abre – Do formato de 1:1 dela para tamanho normal - , e cada sequência dessas é pura magia cinematográfica, um trabalho quase de gênio de edição, fotografia, atuação e acima de tudo, direção. Essas sequências conseguem te levar da angustia da trama pesada do filme a uma alegria sem igual. 


O filme te pega como um soco certeiro e te faz sair dele com um enorme sorriso no rosto. Alem de uma maravilhosa obra cinematografica não precisa ser nenhum cinéfilo para poder tirar desse filme o que ele tem a te oferecer. E ele tem muito a oferecer. 





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